segunda-feira, 7 de junho de 2010
As Dionisicas Uma Viagem ao Bacanal
Numa viagem carnavalesca-mitológica na era cibernética: foi assim que me sentí durante os espetáculos “Bacantes” e “O Banquete”, das quatro séries das Dionisiacas estrelado pelo grupo Teatro Oficina- Uzyna Uzona.
Em Bacantes cuja palavra significa “participantes” foi uma penetração tanto no sentido conotativo quanto denotativo através do mito de Dionisios ( Deus do Vinho). Além dele, outros deuses como Apolo, Pã também contracenaram como filhos de Zeus ( Deus dos Deuses). Bacantes foi um espetáculo surpreendente, para quem esperava ver uma encenação da mitologia grega numa abordagem branda, não o fez durante ás mais de seis horas em que Bacantes contracenou na arena montada na Esplanada dos Ministérios no entre o teatro e a Biblioteca Nacional.
Do convite da santidade á orgia, num espetáculo totalmente convidativo, o público tanto era convidado a se “comportar” - a decência - representada pelo poder capitalista quanto á se despirem e simularem o sexo coletivo bacanal despido de quaisquer valores . A musicalidade, a satíra e a encenação em sí convidavam o público a participar da festança.
Os atores não se polparam em nenhum momento da bruscalidade de movimentos, no nascimento de Zeus, por exemplo, nús deitados no chão enfileirados, de pernas para o ar, cada “deus” nascia entre as pernas uns dos outros, representando o renascimento. Nesses momentos eu me perguntei, e se a mulher está menstruada?! Mesmo usando um absorvente interno, ele fica a mostra...
E, diversas câmeras filmaram este re-nascer tanto para as mais de 2.000 pessoas que lá compareceram puderam vizuálizá-las nos televisores e telôes dalí, quanto as mesmas transmissões poderiam ser assistidas ao vivo pela internet.
Comportar-se esta não era a palavra de ordem, a platéia dançava e cantava envolvidos na arte teatral, das 25 músicas que alí tocaram, houveram elementos da platéia que se despiram timidaemtne e contraceram tão nús quanto os atores, senão mais que eles. Houve um momento em que um homem foi retirado da platéia despido e devorado pelas Bacantes.
Enquanto nas Bacantes cada encenação seguia o seu ritmo musical, dentro da realidade mundial do carnaval ao camdomblé. Em que até Fidel Castro entrou em cena pedindo “Cuba libre” fazendo alusão á bebida e ao desarmamento nuclear em si.
“ O Banquete” o clássico diálogo de Platão a Eros, oferendas como o vinho e frutas davam um ar mais sexo- realista á peça de teatro. Citando certos temas que são tabú na sociedade mundial, como o homosexualismo masculino e feminino, o transexualismo e como os heterosexuais se comportam perante á isso. E, tudo terminando num boquete, quer dizer banquete regado a muito vinho e comida farta.
Sabe qual foi o preço para embarcar nessas viagens? Um quilo de alimento não perecível e muita disposição. Recomendáva-se que se levasse uma almofada para ficar sentado por tantas horas em arquibandas sem encosto, água e algo para comer. Embora os patrocinadores como a pastelaria Viçosa também estavam presentes vendendo suas guloseimas.
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